“Perder um
filho é como achar a morte”...
Nunca a
frase de um poeta foi tão real...
Verdade
fatal, irreversível, cruel, atroz, insuperável.
Quando te
vi, meu filho tão triste,
tão só, tão lindo, tão novo, tão maduro,
solto, no
mundo, diante do vazio
e da
imensidão do céu azul ao pôr do sol,
à mercê da vida,
entregue aos seus próprios pensamentos,
fitando
novos horizontes, vislumbrando outros caminhos, prospectando outras terras,
flertando com as incertas possibilidades do
futuro,
insólitas
conjecturas,
incertezas de um novo mundo;
distante dos braços maternos,
fora do
alcance dos meus braços,
braços que embalaram seus primeiros sonhos de
menino,
que o
mantiveram em doces e enternecidas canções de ninar,
que o
acalentaram desde a tenra infância
que o apoiaram em seus primeiros passos...
que o
protegeram, cheios de amor e carinho,
meu coração sangrou.
Rasgou-se em
mil pedaços.
Chorou a dor
da perda do primogênito.
Dor
irremediável, surda, pesada, muda.
Filho, nada
me separará de você - nem a distância, nem o tempo, nem as pessoas, nem a
própria vida, com suas surpresas e incertezas, nada poderá me afastar de você.
Meu amor me une a ti com amarras eternas do amor do próprio Deus, o criador. Nada
tirará de mim a beleza de ser sua mãe!
“Perder um
filho é como achar a morte”. Deixar de sentir seu cheiro, acariciar seus
cabelos, fitar seus olhos, participar do seu mundo, de poder caminhar lado a
lado, de deixar de estender-lhe a mão, tocar sua mão, apertá-lo junto ao peito...
é dor insuperável. É todo o medo de quem ama: perder.
O meu coração está cheio de intensa dor, de
culpa: por ser tão egoísta- de querer te ver tão perto, te ter tão próximo, tão
junto ao coração.
Meu filho,
nada pode te tirar dos meus braços nem do alcance dos olhos do meu
coração. Porque a vida pode se abrir
para você e se desdobrar acenando-lhe com novos caminhos. Sua jornada pode ser
até distante da minha e tomar outro rumo... Oceanos podem ficar entre nós, mas
saiba, que jamais ficaremos separados. Você jamais estará só. Estarei sempre
com você. Você é um pedaço do meu coração, que se quebrou, dividiu-se e que
está em outro corpo, que foi criado a partir do meu, cujas veias trazem o meu
sangue... Pulsa em você o mesmo sangue
que corre em minhas veias dentro de um coração que é extensão do meu.
Nada me
separará de você - nem a distância, nem o tempo, nem pessoas, nem a própria
vida, com suas surpresas e incertezas, nada poderá me afastar de você. Meu amor
por você me une a ti com amarras eternas, entretecido com fibras do amor do
próprio Deus, o criador e gerador da humanidade. Amor inexplicável e
incondicional!
Nada
tirará de mim a beleza de ser sua mãe!
Sempre vou te amar!
“Os filhos
são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Bem aventurado o
varão que enche deles a sua aljava. Ele não será envergonhado quando baterem à
sua porta e o levarem ao tribunal”... Salmos