domingo, 17 de novembro de 2013

Meu filho amado...



“Perder um filho é como achar a morte”...
Nunca a frase de um poeta foi tão real...
Verdade fatal, irreversível, cruel, atroz, insuperável.

Quando te vi, meu filho tão triste,
 tão só, tão lindo, tão novo, tão maduro,
solto, no mundo, diante do vazio
e da imensidão do céu azul ao pôr do sol,
 à mercê da vida,
 entregue aos seus próprios pensamentos,
fitando novos horizontes, vislumbrando outros caminhos, prospectando outras terras,
 flertando com as incertas possibilidades do futuro,
insólitas conjecturas,
 incertezas de um novo mundo;
 distante dos braços maternos,
fora do alcance dos meus braços,
 braços que embalaram seus primeiros sonhos de menino,
que o mantiveram em doces e enternecidas canções de ninar,
que o acalentaram desde a tenra infância
 que o apoiaram em seus primeiros passos...
que o protegeram, cheios de amor e carinho,
 meu coração sangrou.
Rasgou-se em mil pedaços.
Chorou a dor da perda do primogênito.
Dor irremediável, surda, pesada, muda.
Filho, nada me separará de você - nem a distância, nem o tempo, nem as pessoas, nem a própria vida, com suas surpresas e incertezas, nada poderá me afastar de você. Meu amor me une a ti com amarras eternas do amor do próprio Deus, o criador. Nada tirará de mim a beleza de ser sua mãe!








“Perder um filho é como achar a morte”. Deixar de sentir seu cheiro, acariciar seus cabelos, fitar seus olhos, participar do seu mundo, de poder caminhar lado a lado, de deixar de estender-lhe a mão, tocar sua mão, apertá-lo junto ao peito... é dor insuperável. É todo o medo de quem ama: perder.
  O meu coração está cheio de intensa dor, de culpa: por ser tão egoísta- de querer te ver tão perto, te ter tão próximo, tão junto ao coração.
Meu filho, nada pode te tirar dos meus braços nem do alcance dos olhos do meu coração.  Porque a vida pode se abrir para você e se desdobrar acenando-lhe com novos caminhos. Sua jornada pode ser até distante da minha e tomar outro rumo... Oceanos podem ficar entre nós, mas saiba, que jamais ficaremos separados. Você jamais estará só. Estarei sempre com você. Você é um pedaço do meu coração, que se quebrou, dividiu-se e que está em outro corpo, que foi criado a partir do meu, cujas veias trazem o meu sangue... Pulsa em você  o mesmo sangue que corre em minhas veias dentro de um coração que é extensão do meu.
Nada me separará de você - nem a distância, nem o tempo, nem pessoas, nem a própria vida, com suas surpresas e incertezas, nada poderá me afastar de você. Meu amor por você me une a ti com amarras eternas, entretecido com fibras do amor do próprio Deus, o criador e gerador da humanidade. Amor inexplicável e incondicional!
Nada tirará de mim a beleza de ser sua mãe!
Sempre vou te amar!                                

“Os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Bem aventurado o varão que enche deles a sua aljava. Ele não será envergonhado quando baterem à sua porta e o levarem ao tribunal”... Salmos