quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE?

Nessa virada de ano é impossível não nos perguntarmos sobre nosso futuro. Aonde vamos parar? Com tantos avanços tecnológicos, avançamos também na complexidade.
A começar pela realidade que vivemos. Hoje, temos dois mundos: o virtual e o real. Como se já não bastasse um!
Pessoas que projetam no mundo virtual suas aspirações por se acharem incapazes de executá-las no mundo real. Daí surgem aqueles seres que escolhem identidades que pouco ou nada tem a ver com eles próprios. Todo mundo já ouviu falar dos namoros cibernéticos desastrosos por conta dessas, vamos dizer assim, diferenças, entre as pessoas reais e as virtuais.
Também surgem nesse contexto os perversos, que nas ondas da Internet, se realizam e soltam a franga! Extravasam seu lado pervertido: pedófilos, difamadores, ladrões...
É impossível não percebermos que hoje tudo mudou. Em função do Novo Mundo que se descortinou com a Rede Mundial de Computadores temos novas formas de relacionamento, novas doenças, novos vícios, novos crimes... Nós, seres humanos, mudamos – nossos poderes e nossas debilidades. Estamos cada vez mais virtuais e menos viscerais. Vivemos uma época de crise de valores. Os valores mudaram! E ninguém mais sabe ao certo qual é o valor da família, do amor, da amizade nem da própria vida!
A vida já não tem mais tanto valor – se banalizou. Nos refugiamos em teorias do bem para aliviar a alma. Adotamos dietas naturebas, fazemos passeatas contra a matança de animais e admitimos a exterminação de milhares de pessoas no Oriente e fechamos os olhos para as vítimas da violência e da miséria.
É hora de parar de nos preocuparmos com o buraco na camada de ozônio, o derretimento das calotas polares e a escassez de água potável no mundo. Antes, temos que assumir a nossa culpa e rever o crime maior que estamos cometendo, não contra o meio ambiente, mas contra nós mesmos: estamos perdendo nossa humanidade – essa é sem dúvida, nossa máxima culpa!


“Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa”


*Rose Leonel

Um comentário:

  1. Sejamos mais viscerais e menos virtuais. Pense nisso você também. É o que estou querendo lhe convencer há semanas. Beijo grande, um grande Natal e um própsero 2010. (Conta de Luz)

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