A penitenciária de regime semiaberto de Maringá, com 330 vagas, será inaugurada em 5 de abril. A informação é da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Seju). Mas a inauguração de mais uma unidade prisional na cidade é motivo de preocupação.
Para o presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Maringá (Conseg), coronel Antônio Tadeu Rodrigues, é preciso ficar atento no acompanhamento dos detentos dentro e fora da penitenciária. O regime semiaberto é uma das fases da pena no Brasil, onde o preso, após o cumprimento de parte da pena e tendo bom comportamento, ganha direito ao regime de semi liberdade. “Alguns presos da Penitenciária Estadual de Maringá e também da Casa de Custódia já cumprem esse tipo de pena. Trabalham em empresas da cidade e retornam para pernoitar na penitenciária”, diz Rodrigues.
Ele pondera que apesar do semiaberto ser previsto por lei e ser uma fase importante no processo de reinserção social, a penitenciária pode se tornar um problema para a comunidade local. “Se não houver um bom controle e administração, esses presos podem se tornar um problema, já que nessa unidade não existem celas e sim alojamentos”, afirma, ponderando que a má gestão pode causar o aumento da criminalidade.
Ainda conforme Rodrigues, a sociedade terá de confiar no sistema e, para isso, é preciso cooperação entre o sistema carcerário e empresarial. “Será necessário que a administração mostre para a sociedade que aquela unidade está bem gerida, assim os empresários terão confiança para oferecer trabalho aos presos, o que é um fator positivo, pois eles já estarão próximos de ganhar a liberdade. Sabemos que o trabalho é o melhor caminho para a reinserção social, mas se o processo começar errado, os empresários terão medo de oferecer o serviço para os presos”, diz.
Segundo informações da Seju, oficialmente existem quatro unidades de regime semiaberto no Estado, sendo que a maior é a Colônia Penal Agroindustrial de Piraquara. Ainda de acordo com a Seju, atualmente há no Paraná são 3.163 detentos cumprindo pena em regime semiaberto, sendo que 160 são mulheres. Destes 3.163 detentos, 1.983 cumprem a progressão de pena nas quatro unidades oficiais de regime semiaberto e 1.180 cumprem pena em 11 unidades carcerárias que não oferecem o semiaberto.
Textual Comunicação
Nenhum comentário:
Postar um comentário