terça-feira, 25 de janeiro de 2011

LAPSO TEMPORAL






Ah! Quem souber, me diga

Como pode a natureza

Nos deixar no auge

da beleza e do vigor

Aos 18 anos de pura saúde

E de insana imaturidade?!





Chegamos aos 40, firmes

Tão perto do equilíbrio

E tão longe da vitalidade!

Nosso ápice de energia

Nossa exuberante jovialidade

Passou, enquanto aumenta

Nossa amizade com a vida!





E nessa desarmonia

Entre experiência e vivência

Beleza e plenitude biológica

O tempo – juiz impassível

Não colabora, apenas assiste...





A batalha inglória do ser humano

Com o lapso temporal

Aproveitar ao máximo

A beleza que desabrocha

Na carne fadada – condenada

A consciência divina

Do saber existencial

Resiliência da jornada cumprida.




*Rose Leonel




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