segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Grávida de mim!

 

 


     É incrível como nós mulheres temos a capacidade de gerar filhos! Algo tão forte, tão divino e tão poderoso! Pari e criei dois filhos. Foram as experiências mais transformadoras, desafiadoras da minha vida.

     Quando soube que estava gerando um filho e uma filha eu pensava apenas em cuidar para que a gestação ocorresse da melhor forma possível. Eu deixei de comer algumas coisas que gostava, comecei a comer o que não gostava e tive toda uma série de cuidados com minha saúde para que ambos nascessem saudáveis.  Para cada gestação foram 9 meses especiais, maravilhosos porém cheios de desafios. A alegria de ser mãe e a responsabilidade de gerar vida em mim me fez criar hábitos mais saudáveis.

     Hoje sou avó... cuido do meu pai. E todos os esforços agora estão todos voltados para minha netinha de 4 anos e para meu paizinho  de 90 anos. Cuidados com a alimentação e saúde... São duas “crianças” com necessidades diferentes mas ambas tratados com zelo e carinho.

     E nesse meio tempo acho que esqueci um pouco de mim.

     E pensei como que nós mães fazemos tanto pela saúde dos filhos que estamos gerando, damos um cuidado especial para gestação e nos desdobramos pelos nossos. Porém me peguei pensando: _O que tenho feito para cuidar de mim?

     São tantos compromissos, reuniões, projetos, desafios!  Tantas agendas e responsabilidades: trabalho, estágio, faculdade, voluntariado, família!! É filho, filha, neta, pai!! E cadê eu? Percebi então que  me coloquei em último lugar na lista de ordem do dia... na verdade, nem estou aparecendo mais na lista!

     Depois de refletir sobre tudo isso, resolvi que preciso me cuidar mais. Assim, me tornei grávida de mim. Agora estou em processo de gestação, de reinvenção, de transformação! Estou grávida de mim. Começo uma nova fase da minha vida. Vou cuidar de mim também! Vou cuidar do meu jardim!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eliseu e a sunamita

 


 

Quero fazer algumas observações acerca dessa passagem da Bíblia, de 2ª Reis, capítulo 4, versículos 8 a 37. É o texto que conta a história do profeta Eliseu, de sunamita e seu filho.

Tenho passado dias difíceis. Mas essa história da Bíblia falou muito alto ao meu coração e senti que preciso compartilhar.

Vou fazer aqui algumas observações que me inspiraram e com certeza vão inspirar você também.

Quem era a sunamita descrita na Bíblia? Era um mulher rica, bem casada, sem filhos, estéril ela ou o marido, decidida, persuasiva, extremamente sábia, dona de um auto controle invejável, mulher de fé  e que, o principal, tinha o coração voltado para Deus.

Ela e o marido moravam em Sunem e por receber várias vezes, por ter insistido que o profeta Eliseu se hospedasse na casa deles, por ter um coração generoso e hospitaleiro, ela sugeriu ao marido que fizessem um quarto mobiliado para receber o sempre o homem de Deus com mais conforto e privacidade.

A Sunamita e seu esposo até então não tinha filhos. E como reconhecimento pela generosidade daquela mulher o profeta agraciou-a com a profecia de que em um ano ela seria mãe. Interessantes a resposta dela: _Não brinque comigo em um assunto tão sério para mim!

Provavelmente aquela mulher já deveria ter recebido outras profecias, quem sabe, que a fizeram acreditar que poderia ter um filho e essa esperança, parecia ter sido frustrada, até por diversas vezes... tamanho o peso da sua resposta.

Porém, ela deu a à luz em um ano.

Ocorre que o menino foi crescendo e um dia passou mal e morreu em seus braços.

A sunamita não chorou, não esbravejou, não chamou as amigas, os amigos, nem disse nada ao seu marido. Ela não reclamou em alta voz. Veja o controle dessa mãe. A fé e a sabedoria que ela possuía eram tamanhas que ela pediu ao marido para que um funcionário arrumasse um transporte para ela a fim de ir encontrar com o profeta Eliseu. O marido a questionou o porquê dessa visita fora de hora, pois segundo ele essa seria uma visita inesperada, fora da programação do casal. Mas mesmo quando indagada, ela disse:

_Não faz mal.

A sunamita deitou cuidadosamente seu único filho, seu primogênito muito amado na cama do profeta e fechou a porta para que ninguém soubesse do acontecido. E partiu para falar com Eliseu no Monte Carmelo. Ora, ela foi com uma jumenta ajudada por um funcionário. E deu ordens explícitas para que não parasse e nem se distraísse no caminho até chegar ao seu destino.

Chegando, Sunamita foi recebida por Geazi, o servo do profeta. E, instruído por ele, Geazi perguntou:

_Vai tudo bem contigo, com seu marido e seu filho?

Sem pestanejar a mulher respondeu, segura de si:

_Está tudo bem!

Ora, veja, ela não estava descontrolada, nem tinha ligado para as amigas e nem postado seu infortúnio nos grupos de whatsapp ou no instagram ou no facebook. Ela nem sequer dividiu a a sua dor com seu marido, o pai da criança! Ela sabia que esse era um caso para Deus, para a intervenção do Homem de Deus! Ela sabia que Deus não havia lhe dado um filho para a calamidade. E sua palavra foi a expressão mais pura da fé, fé que movia aquela mulher de Deus.

Quando chegou ao profeta, ela se jogou aos seus pés, extravasando todo seu sofrimento. Ela disse:

_Não te pedi filho para perder nem um filho que nascesse para morrer.

Ela falou então com a pessoa certa, as palavras certas, na hora certa.

Eliseu saiu então com a mãe, e o seu servo em direção a casa daquela família.

Ele recomendou a Geazi:

_Vá na frente e toque o rosto do menino com meu cajado para que acorde.

Novamente a recomendação de silêncio sobre o acontecido:

_Vá e não pare no caminho e não fale com ninguém. Nem mesmo dê boa tarde.

Assim aconteceu. Porém Geazi se adiantou e colocou o bordão sobre o rosto do menino e esse não acordou. Voltando apressadamente ao encontro deles, no caminho, avisou:

_O menino não despertou.

Interessante notar a linguagem positiva usada por Jesus também quando chegou no velório de Lázaro e disseram a ele que já estava morto e nada poderia ser feito. Jesus respondeu que Lázaro ressuscitaria e que tudo isso era para a glória de Deus.

Eliseu falou sobre “acordar”...  ele não se referiu “a voltar a viver”. E assim Geazi lhe respondeu, com o mesmo verbo: _Ele não acordou.

Eliseu foi então ao quarto do menino, e de forma surpreendente, o menino foi ressuscitado.

Penso que muitas coisas foram aprendidas nesse texto.

Essa mulher rica, que não tinha o coração nas riquezas, mas tinha o coração em Deus, era generosa. Era sábia e tinha o fruto do Espirito Santo em sua vida: autocontrole!

Ela teve a sabedoria de saber o que falar (as palavras são poderosas), na hora certa e com a pessoa certa. Seu caso não era  para ser lamentado nas redes sociais, nem com os funcionários, nem mesmo com o marido. Ela manteve o foco, segura de que esse era um caso para Deus!

Ela poderia ter se desesperado e falado para os parentes ou quem sabe, uma amiga mais velha que pudesse dar ao menino um remedinho das antigas, dar um chá de receita das avós, fazer alguma compressa de ervas ou ainda, quem sabe, uma simpatia. Mas nada disso. Ela manteve a morte do seu filho em segredo. Era Deus e ela. E ela tinha fé para buscar a solução, não em homens, nem em amigos e nem na Internet.  Ela sabia que esse caso era para o Deus do impossível! Incrível o que ela disse:

_Eu não pedi filho para morrer assim fora de hora, ainda criança.

Essa fé, essa certeza que Deus, e só Deus, poderia mudar aquele quadro e trazer vida para seu filho, foi o fator decisivo para a ressurreição.

 Que possamos aprender com essa história, que Deus não nos deu filhos para a calamidade nem para a morte precoce. E que Deus é o único que age quando ninguém mais pode agir. “E agindo Deus, quem impedirá?”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Amor de mãe!

 


Eu tenho aprendido muito com tudo o que tem acontecido com minha filha.

Essa semana tenho passado meus dias, desde domingo, percorrendo postos de saúde e hospitais com ela.

E eu conheci  mães que assim como eu, lutam pelos seus filhos.

Eu que adoro uma conversa, gosto de gente e de ouvir histórias das gentes, me fiz aprendiz dessas guerreiras.

Porque a vida é assim.... Tem momentos que a gente aconselha, e ensina... e tem tempo em que você precisa passar pela escola do Todo Poderoso.

Essa semana Deus me fez me assentar, me aquietar, e aprender...

Primeiro aprendi o que nós já sabemos mas esquecemos com facilidade!

Reaprendi que Deus tem nosso passado, presente e futuro em suas mãos. E ele está cuidando de tudo quando nós nos rendemos a ele.

E reaprendi lições do amor de Deus.

Deus nos deu os filhos como herança, como benção; e a benção do Senhor traz prosperidade e não traz dor.

Assim temos que crer que Deus nos deu filhos para serem como flechas nas mãos dos guerreiros, para irem muito, muito além de nós!

E tive uma lição do amor de Deus através de mães de todas as idades. Mães jovens até mães de quase 80 anos. Uma senhorinha de cabelos brancos, debilitada pela idade, de bengala e quase octogenária cuidando da filha... internando-a, crendo no seu restabelecimento.

Mães emagrecidas pela luta com os filhos, mas fortes e firmes por eles.

Uma mãe me disse: “Filha, é só Deus na vida deles. Mas enquanto viver estarei cuidando e amando. Ele sai mas volta e pede ajuda. E eu sempre o acolho”.

Outra me disse: “Os irmãos dele e todos parentes e amigos me recriminam pois dizem que eu preciso deixá-lo, que ele sabe o que faz... que tudo é uma questão de escolha. E ninguém me ajuda com ele. Mas eu nunca o deixarei... Não! Enquanto eu puder eu vou estender a mão!”

Assim, eu entendi, porque o amor de Deus está representado para nós humanos pelo amor das mães aqui na terra. Pois Deus nunca desiste de nós. Deus sempre nos acolhe. Deus tem suas mãos estendidas para nos abençoar em todo o tempo. E Deus nunca lança fora aqueles que têm o coração contrito. O amor, o perdão e as misericórdias de Deus são  renovados a cada manhã. E nada, nada, nem a morte pode nos separar do amor de Deus!

 

 

 

 

 

 

 

Verdelírio Barbosa não morreu


 

          Como jornalista, como fã e aprendiz do mestre Verdelírio Barbosa vim dar a notícia que o nosso querido professor de comunicação, grande articulador político e ser humano singular não morreu.

          Me lembro como hoje que no início de minha carreira como jornalista fui recebida de braços abertos na “casa/fábrica” de jornalistas de Maringá, no O Jornal do Povo, sob a batuta do incrível Tatá Cabral e do grande mestre Verdelírio Barbosa.

          No início não foi fácil. Mas eu seguia um sonho: o sonho de ser jornalista. E foi lá que sem o curso de jornalismo, mas trabalhando e aprendendo na prática, fui reconhecida como jornalista provisionada pelo Ministério do Trabalho. Tempos depois fiz o curso de Jornalismo na Faculdade Maringá.

          E ainda no início, eu me recordo de uma matéria, uma homenagem na verdade para Carmem Puzzi, que faleceu inesperadamente, vítima de um trágico acidente na BR-376. Carmem era colunista social do O Jornal do Povo. E me lembro das palavras tão cheias de sincera comoção do nosso querido boss, que dava início a nota do terrível acidente, assegurando que Carmem não teria morrido...  que ficaria pra sempre  viva no coração de quem a conheceu.

          Assim, eu  que venho dar essa notícia agora, sobre você, meu mestre querido!!! Você não morreu! Verdelírio Barbosa estará sempre vivo em nossas recordações. Não só pelo seu trabalho, mas pela pessoa fantástica que era.  Como ele dizia, naquela simpatia toda dele, dono de um sorriso e carisma todo que lhe eram peculiares: “ E aí menina! Se cuida hein!” Era assim... o Verde sendo Verde!

          Hoje sou eu quem digo: “Verde, se cuida menino! Vai com Deus!” Hoje, meu padrinho, meu mestre, dou uma boa notícia (uma coisa rara no jornalismo). A notícia que você, Verdelírio Barbosa está vivo:

 -Verdelírio Barbosa não morreu. Está vivo em nossos corações!

 

CARPE DIEM

 

 


 

           Uma coisa que podemos ver atualmente: o quanto o tempo tem sido valorizado. Hoje as pessoas não querem mais exatamente dinheiro... ou oportunidades de trabalho... Elas querem tempo! O tempo se tornou umas das moedas de maior valor no mundo.

             Pois de que importa ter dinheiro e não ter tempo para desfrutar do que ele pode oferecer... Não importa ter status, influência e nem fama se você não tem tempo para desfrutá-los. Nada na vida importa se você não tem tempo de vida para estar fazendo o que te dá prazer, cuidando da sua saúde, desfrutando da companhia das pessoas que você ama!  Sem isto,  nada mais importa! Você estará fadado ao fracasso! Pois da vida não levaremos nada, apenas o que vivemos, o que sentimos e experimentamos!

               Pois você verá que os maiores tesouros da sua vida poderão escorregar de seus dedos enquanto você menos espera! Pois ninguém sabe quando o nosso tempo vai chegar ao fim. Então, aproveite seu tempo! Abrace, beije, ame! Diga o quanto você ama! Fique ao lado! Ame como se cada dia fosse o último!

CARPE DIEM!