quinta-feira, 19 de agosto de 2010

DO MAIS VOCÊ.COM.BR

Ela surgiu há 25 anos e hoje é difícil encontrar alguém que não frequente e faça uso. A internet veio para ficar e entra no trabalho, na casa ou na escola de cerca de 70 milhões de brasileiros. Apesar de ser uma ótima forma de pesquisa, informação e divertimento, ela também oferece riscos. E o risco pode estar literalmente a um clique.
A jornalista Rosemary Leonel, mais conhecida como Rose, é mãe de dois filhos e namorou durante três anos e meio um homem em quem confiava. O namoro acabou e as fotos íntimas do casal foram parar na web. A jornalista, muito conhecida no Paraná, ficou arrasada.
O Mais Você procurou o ex-namorado de Rose, mas ele não foi encontrado. Mas como conseguir pegar este tipo de criminoso? Depois de toda humilhação, Rose contratou um perito particular – uma espécie de detetive da rede. Wanderson Castilho começou o trabalho em um site de busca, digitando o nome da jornalista. “Quando fiz essa busca, identifiquei que um blog tinha mais de 25 mil acessos. Entrei em contato com a empresa dona do blog, me apresentei, falei que estava trabalhando nesse caso, se eles poderiam me fornecer o IP que se conectou para criar o blog e colocar essas imagens. Ele me pediu a ação e ele me retornou com a tela mostrando o IP com a data, etc, ou seja, qual foi o computador que postou aquelas imagens lá”, contou. IP é a sigla para "internet protocol". É como se fosse um RG de todo computador que navega na internet. Um número exclusivo para cada máquina. Saber o IP era fundamental para a investigação. O próximo passo foi conseguir autorização na Justiça para quebrar o sigilo do endereço eletrônico, ou seja, saber quem era o dono daquela máquina. Faltava só analisar o computador do suspeito. A Justiça autorizou a busca e apreensão da máquina e as provas estavam lá. “Foi identificada que todas as fotos que estava no blog estavam dentro do computador. Inclusive conseguiu-se comprovar que precisava de uma senha para acessar e se comprovou que ele tinha a senha. Era o computador que ele usava, da sala dele. Estava materializado o crime”, explicou o perito.

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