segunda-feira, 13 de junho de 2011

SAUDADES DE CALIL...

Meu filho amado...


“Perder um filho é como achar a morte”...

Nunca a frase de um poeta foi tão real...
Verdade fatal, irreversível, cruel, atroz, insuperável.
Quando te vi, meu filho tão triste,
tão só, tão lindo, tão novo, tão maduro,
solto, no mundo, diante do vazio
e da imensidão do céu azul ao pôr do sol,
à mercê da vida,
entregue aos seus próprios pensamentos,
fitando novos horizontes, vislumbrando outros caminhos, prospectando outras terras,
flertando com as incertas possibilidades do futuro,
insólitas conjecturas,
incertezas de um novo mundo
distante dos braços maternos,
fora do alcance dos meus braços,
braços que embalaram seus primeiros sonhos de menino,
que o mantiveram em doces e enternecidas canções de ninar,
que o acalentaram desde a tenra infância
que o apoiaram em seus primeiros passos...
que o protegeram, cheios de amor e carinho,
meu coração sangrou.
Rasgou-se em mil pedaços.
Chorou a dor da perda do primogênito.
Dor irremediável, surda, pesada, muda.
Filho, nada me separará de você - nem a distância, nem o tempo, nem as pessoas, nem a própria vida, com suas surpresas e incertezas, nada poderá me afastar de você. Meu amor me une a ti com amarras eternas do amor do próprio Deus, o criador. Nada tirará de mim a beleza de ser sua mãe!


*Rose Leonel

Nenhum comentário:

Postar um comentário