Algumas pessoas se espantam quando digo que às vezes não me sinto tão bem quanto aparento. É claro... Não fico andando chorando pelos cantos, na frente dos outros. E se não choramos por fora, as pessoas simplesmente ignoram que seja possível chorar por dentro. E essa é uma dor muito mais doída do que qualquer outra. Um choro que não pode ser visto com os olhos da carne – ele escorre dentro da alma. Um choro que é fruto do sofrimento que não se vê, apenas se sente.
Poucas pessoas conhecem o sofrimento da alma. Algumas jamais choraram essas lágrimas. Assim, como nos vêm em pé, aparentemente sãos, não conseguem imaginar o que se passa em nosso coração... Nem de longe entendem.
Mas a verdade é que me sinto lesada. Sabe aquela história de alguém que sofre um acidente, um trauma e fica aleijado?
É, eu me sinto assim, lesada... É difícil expressar isso, mas é assim que me sinto. E cada dia que nasce, eu digo pra mim mesma a Palavra de Deus e peço que as misericórdias dele que se renovam a cada manhã venham sobre minha vida e me renovem mais uma vez.
Mas cada dia é uma batalha, onde preciso de forças extraordinárias para prosseguir. E assim, estou aprendendo uma coisa muito valiosa: viver um dia após o outro, vencer um dia de cada vez, hora após hora, dia após dia!
Às vezes, o toque do telefone me alarma, quase suo frio, não quero atender... É a falta de vontade de conversar. A falta de vontade de ver gente. A falta de vontade para me arrumar. A falta de vontade de sair de casa. E bate uma vontade de chorar, de me esconder e me entregar. Levantar a cabeça, escolher uma roupa e sair pra luta é um esforço sobrenatural.
Em algum lugar do meu passado ficaram a vaidade, a auto-estima, o ânimo... A vontade de pôr uma roupa bonita, a alegria de um penteado novo, o orgulho de um regime bem feito, da imagem refletida no espelho, a felicidade de se ver brilhar no olhar de um admirador... Sim, porque nos olhos que me fitam, não vejo admiração: vejo uma procura insistente por alguém que não sou eu.
Não existe mais aquela descoberta, aquele flerte, aquela sensação gostosa de se sentir sondada, cortejada... Me olham como se já me conhecessem, como se soubessem quem sou eu, como se já tivessem me visto por inteiro...
Assim, não me permito. Me fecho. Não me dou a conhecer.
Quando alguém pensa que se aproxima de mim, e por alguns milésimos de segundos, vislumbra um pouco do meu eu, logo descobre que se enganara profundamente a meu respeito. Percebe que não me conhece, entende justamente isso, que a imagem que possuía de mim não condiz com a realidade. Poucos me olham sem uma idéia formada, um pré-conceito. Quando vislumbro uns raros olhares que me enxergam de verdade, ou pelo menos têm o semblante isento de estigmas fico feliz...
E assim, tento viver a vida, dia a dia... curando as feridas, sobrevivendo ao tempo... Firmando os passos, vendo onde piso, resistindo ao vento. Aprendendo a viver de novo! Sei que tudo passa! “O choro pode durar uma noite mas a alegria vem pela manhã!”
Poucas pessoas conhecem o sofrimento da alma. Algumas jamais choraram essas lágrimas. Assim, como nos vêm em pé, aparentemente sãos, não conseguem imaginar o que se passa em nosso coração... Nem de longe entendem.
Mas a verdade é que me sinto lesada. Sabe aquela história de alguém que sofre um acidente, um trauma e fica aleijado?
É, eu me sinto assim, lesada... É difícil expressar isso, mas é assim que me sinto. E cada dia que nasce, eu digo pra mim mesma a Palavra de Deus e peço que as misericórdias dele que se renovam a cada manhã venham sobre minha vida e me renovem mais uma vez.
Mas cada dia é uma batalha, onde preciso de forças extraordinárias para prosseguir. E assim, estou aprendendo uma coisa muito valiosa: viver um dia após o outro, vencer um dia de cada vez, hora após hora, dia após dia!
Às vezes, o toque do telefone me alarma, quase suo frio, não quero atender... É a falta de vontade de conversar. A falta de vontade de ver gente. A falta de vontade para me arrumar. A falta de vontade de sair de casa. E bate uma vontade de chorar, de me esconder e me entregar. Levantar a cabeça, escolher uma roupa e sair pra luta é um esforço sobrenatural.
Em algum lugar do meu passado ficaram a vaidade, a auto-estima, o ânimo... A vontade de pôr uma roupa bonita, a alegria de um penteado novo, o orgulho de um regime bem feito, da imagem refletida no espelho, a felicidade de se ver brilhar no olhar de um admirador... Sim, porque nos olhos que me fitam, não vejo admiração: vejo uma procura insistente por alguém que não sou eu.
Não existe mais aquela descoberta, aquele flerte, aquela sensação gostosa de se sentir sondada, cortejada... Me olham como se já me conhecessem, como se soubessem quem sou eu, como se já tivessem me visto por inteiro...
Assim, não me permito. Me fecho. Não me dou a conhecer.
Quando alguém pensa que se aproxima de mim, e por alguns milésimos de segundos, vislumbra um pouco do meu eu, logo descobre que se enganara profundamente a meu respeito. Percebe que não me conhece, entende justamente isso, que a imagem que possuía de mim não condiz com a realidade. Poucos me olham sem uma idéia formada, um pré-conceito. Quando vislumbro uns raros olhares que me enxergam de verdade, ou pelo menos têm o semblante isento de estigmas fico feliz...
E assim, tento viver a vida, dia a dia... curando as feridas, sobrevivendo ao tempo... Firmando os passos, vendo onde piso, resistindo ao vento. Aprendendo a viver de novo! Sei que tudo passa! “O choro pode durar uma noite mas a alegria vem pela manhã!”
*Rose Leonel
Rose, te conheci antes de toda essa "tragédia" em sua vida particular e profissional, conheci a mulher profissional comprometida com sua coluna no Jornal Hoje sempre finalizada com esmero, conheci a mãe extremamente preocupada com a formação moral e educacional de seu filho e principalmente conheci a companheira de trabalho que se preocupava com todos que a rodeavam.
ResponderExcluirSempre existiam as pessoas de mente deturpada, que só olhavam para seu magnifíco corpo, seus cabelos bem cuidados, sua forma alegre, contagiante de se expressar e fataziando diziam, barbáries nos bastidores.
Hoje lendo seu desabafo, vejo como pessoas podem amputar alegria e felicidades.
Rose não permita que estes "DERROTADOS DA VIDA" ganhem esta batalha. LUTE GUERREIRA!
Saiba que aqui você tem mais que um amigo, você tem um FÃ incondicional.
Menino, obrigado pelo seu apoio!
ResponderExcluirRose, pessoas que te conhecem de antes e de hoje podem focalizar fatos para te dar força, apoio etc. Prefiro me apoiar em algo mais subjetivo e profundo, que é mais genérico, mais abrangente mas nem por isso menos eficaz: a psicologia! Pessoas que são vistas na sociedade como "fortes", "imbatíveis", quando a sós com seus pensamentos, sabem que essa imagem expressiva é mera "fortaleza" (necessária a si próprios, apenas) para mascarar e proteger o imenso vazio, a dor e o sofrimento que têm no âmago de seu ser. Portanto, essa sensação de fragilidade existe em todo mundo, nuns mais, noutros menos, mas existe... E quanto mais forte aparenta uma pessoa, dentro pode haver ainda mais desse sentimento. Relaxe e pense: é normal sentir isso às vezes. Bola pra frente. A vida é boa e tem gente que não sabe viver. E tem gente que faz pior: não sabe e não deixa quem sabe ter sua própria vida, e ambas viverem bem com isso. São uns vampiros!
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