segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O PODER DA ESCOLHA!





Decidir nem sempre é fácil. Escolher é ganhar a condição libertadora que todo ser humano tem de optar pelo que quer. E é também perder o foi excluído de nossa lista de preferências.
Você pode pensar, ingenuamente, que se excluímos alguma coisa, é porque não nos faz falta mesmo. E pode até ser. Mas nem sempre é assim. Muitas vezes rejeitamos algumas coisas, não por não serem atrativas.... mas por serem, a longo prazo, um desastre para nossa consciência. Algumas coisas podem ser benéficas momentaneamente, mas depois, elas podem ser altamente nocivas. E esse efeito nocivo pode se evidenciar logo ou muito tempo depois da escolha feita...
Algumas coisas roubam nossa paz, nossa dignidade, nossa alegria. E por isso, nem sempre o que parece ser bom é realmente benéfico para nós.
Comer um bolo delicioso, na hora, pode ser muito bom. Mas depois, as calorias podem cobrar um preço muito alto...
O que precisamos saber é: o que nos faz feliz?
Definir qual é o nosso conceito de felicidade é algo muito importante. E esse conceito pode mudar de acordo com cada época de nossas vidas
Ás vezes, estar uns quilinhos acima do nosso peso ideal (para nós) pode ser muito ruim e pode não compensar nos deixarmos seduzir pelas guloseimas que gostamos! Mas, em alguns momentos de nossa vida, algumas coisas podem ser tão ruins que o simples prazer de um chocolate pode amenizar alguns infortúnios... Tudo depende de onde estamos naquele momento.
Mas não podemos perder nunca de vista para onde queremos ir. Pois às vezes, o caminho pode parecer tão longo, tão difícil, que nos esquecemos do que queremos e cansados, nos entregamos ao primeiro atalho que vemos, que certamente não nos levará onde queremos chegar.
Daí a confusão está feita. Às vezes nos afastamos por um caminho quase sem volta! Só que nenhum caminho é irrevogável! Apenas o da morte!
Então o que é que queremos e o que é que nos faz feliz? Saber responder essa pergunta pode ser decisivo para nossa existência.
Você sabe o que faz você feliz?
Bem, definida essa questão, vem outra:
Escolher!
Agora vem um problemão! Como escolher nem sempre é agradável, pois pode ser que precisemos optar pelo não, quando queremos o sim, então muitas vezes protelamos para fazer as escolhas ou entregamos à outros aquilo que é nossa prerrogativa. Aí a coisa pega!
Protelar é deixar pra depois, postergar, enrolar, no português mais simples. E isso é um perigo... Muitas vezes essa atitude nos traz uma série de desastres! Quem não se lembra da história da lagartixa? A situação vai esquentando, a coisa vai ficando preta, até que degringola de vez! Bem, a lagartixa tem a condição de adaptar a temperatura do corpo com a superfície na qual ela está... E mesmo que a temperatura vá subindo ela continua lá! Se adaptando a situação, permanecendo, a coisa vai esquentando e ela lá, impassível! Naquela paciência que passa dos limites da normalidade. Na paciência que esconde o medo de mudar, e de se mancar e ver que ali não dá mais. Na paciência que mascara o medo. E naquela falta total de atitude, naquela total apatia e passividade, ela simplesmente morre. Por isso tem gente que literalmente fica frito, porque protela e não sai do toco, ou melhor, não sai da chapa quente!
Ou deixar para o outro a responsabilidade de decidir por você! Essa é outra roubada! Nem sempre as decisões dos outros vão nos agradar numa situação que era de nossa obrigação escolher! Bem, nessa situação, nada será bom para nós! Pois nossa responsabilidade, nosso dever é intransferível, e no jogo da vida, não tem a regra de passar a vez. Você não pode simplesmente dizer: Eu passo! E quando infringimos as regras pagamos um preço muito caro!
Assim, o jeito é escolher sempre que a vida nos coloca nessa posição. E não se engane! A hora de escolher é muito freqüente!
As escolhas acontecem a todos os momentos, algumas em grau maior ou menor de importância, mas todas elas são decisivas. As escolhas vão desde degustar um doce até fazer um financiamento. Trocar de serviço, casar, cortar o cabelo ou trocar de carro.
E nessa angústia provocada pela dor da escolha que nos leva ao luto de coisas que perdemos ou desprezamos em detrimento de outras, algumas pessoas tentam atalhos. Sim, angústia pois muitas pessoas sofrem com os dilemas da vida: ser ou não - ser eis a questão! Porque daí acabamos pensando: e se!? E se eu tivesse casado cm aquele outro pretendente? E se eu não tivesse escolhido esse emprego e tivesse escolhido o outro?
Bem, e alguns atalhos muitas vezes podem ser muito piores do que a angústia da escolha: os remédios!
Daí começa uma verdadeira roda viva! Remédio pra nos dar a condição de escolher pelo regime, remédio pra nos dar a condição de ficarmos alegres, pra dormir, pra acordar, pra isso, pra aquilo! E acabamos mascarando nossa total covardia para assumirmos nossos desafios, para fazermos nós mesmos a lição de casa, para vencermos nós mesmos nossos obstáculos, para lutarmos nossas próprias lutas!
Pedimos arrêgo! Pedimos ajuda para psicólogos, para médicos, para amigos e para os psicotrópicos. Recorremos às drogas que farão por nós aquilo que deveríamos nós mesmos fazer! Saber que tudo parte de uma decisão, de uma atitude nossa, de uma escolha nossa deveria ser reconfortante! Afinal, colheríamos o que semeássemos! Mas nossa falta de coragem de escolher as sementes, o medo de semear errado, a própria indolência da alma e o desânimo aniquilam qualquer possibilidade de escolha.
Precisamos erguer a cabeça, ver onde saímos da rota e pedir a ajuda de Deus para nos auxiliar a encontrar de novo o caminho certo. Voltar do atalho errado, abrir mão do caminho mais fácil e sofrer o sagrado direito de usarmos o livre arbítrio da forma que deve ser: buscando nossa condição de equilíbrio, fazendo as escolhas certas, mesmo que elas sejam doloridas, sabendo que fazemos o que devemos fazer e não o que queremos. Pois nem sempre o que queremos é o melhor para nós. Parar com tudo pra tomar um novo rumo não é fácil, mas é sem dúvida a coisa certa.
Quando finalmente resgatarmos nossa condição de escolher conscientemente, sabendo que as escolhas devem ser feitas na hora que a vida nos coloca frente a frente com os vários caminhos... Quando formos capazes de escolher fazer o certo para nós sem nunca perder de vista que nossas decisões afetam diretamente quem está ao nosso redor, daí teremos feito um grande progresso como ser humano.
Mas não se alarme se você não se der bem pois nem sempre acertamos nas escolhas. Mas já teremos progredido muito assumindo nossa responsabilidade e direito de fazer as escolhas. Daí haveremos de ter complacência conosco mesmo, de saber que ninguém é perfeito, mas que estamos tentando... Não estamos em cima do muro nem escondidos, omissos. Estamos sim, decidindo, escolhendo e assumindo os riscos e os privilégios de sermos quem somos - somente nós mesmos – simplesmente humanos!

*Rose Leonel

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