ENCONTRO COM DEUS

Parece que vou perdendo o foco na correria do dia a dia. Daí preciso novamente me recolher, olhar pra dentro de mim, olhar pra Deus e novamente, me lembrar de quem sou, qual minha missão nesse mundo e regular os botões, me sintonizar com a voz de Deus.
Sim por que Deus fala na mansidão, na calma e nos detalhes. Ele não concorre com o som alto das danceterias, não concorre com as buzinas no trânsito, nem com os gritos dos irados. Não concorre com os anúncios dos ambulantes, com apelos do mundo capitalista, com as conversas de bastidores, com os chats, nem com falas vazias do mundo eletrônico. Não concorre com as vozes dos transeuntes sempre ocupados, nem com os discursos políticos nem com os ruídos da vida moderna.
Sua voz é ouvida na calmaria, na busca apaixonada de alguém que se prostra e clama para ouvir sua vontade. Sua voz é ouvida bem mansa e suavemente. No cicio da alma, na busca intensa do silencio categórico e insistente de quem se cala para ouvir o outro falar!
Então, quando paramos para esperar Deus falar, ele fala... e ouvimos novamente a voz doce e inconfundível, como a certeza de um raio que nos rasga a alma e nos enche o coração de esperança, de fé e de uma convicção profunda...
Então, estamos novamente prontos para sair e nos doarmos, servirmos e ajudarmos, pois estamos cheios de sua graça.
Mas tão logo quanto pudermos, estaremos novamente silenciando a alma, apaziguando o coração e acalmando o espírito para então buscarmos sua direção. É preciso estar ligado em Deus o tempo todo para não perdermos o foco, não sucumbirmos aos apelos externos...
É preciso cuidar do coração, mantê-lo limpo para que o canal que sintoniza em Deus esteja sempre aberto para captar sua voz, e sua “boa, perfeita e agradável vontade” para nossas vidas.

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem às fontes da vida” (Pv 4:23).
“E Não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação de vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus”. (Rom. 12.2)

*Rose Leonel