terça-feira, 20 de outubro de 2009

CORAÇÃO NO BOLSO

Às vezes a gente sofre sem querer...
Mas quem pode saber do coração?
Ele é terra enganosa. Domínio de ninguém! Eu sofro com ele, que me trai e às vezes é mais forte do que eu quero que ele seja.
Hoje me despeço dele, digo não à ele!
Não!!
Sei que devo domá-lo.
Me pergunto como algumas pessoas podem dominá-lo tão bem e assim, viver sem nenhum conflito interno! Ou será que sofrem?
Eu digo não a ele! Escolho não ser mais refém do meu coração.
Me pergunto se conseguirei fazer isso da forma certa, se é que existe uma fórmula para isso. Admiro o equilíbrio entre a frieza sábia e sublimada dos monges, que mesmo com seu bom senso e distanciamento das paixões não perdem a alma. Ou perdem??
Será que nessa busca da libertação dos sentimentos, das paixões, daquele friozinho no estômago típico de quem está amando eu ficarei tão fria e insensível quanto os homens, que guardam o coração no bolso e que muitas vezes, o perdem pelo caminho?
E pior- perdem sem se dar conta disso – o coração, para pessoas assim, é um artigo de luxo, não lhes faz falta. Perdem na hora em que trocam de roupa e se deitam nos inúmeros leitos de estranhos braços e abraços...
E passam pela vida, sem ao menos notarem que não têm mais sentimentos – perderam, se perderam pelo caminho, num descaminho sem volta!
*Rose Leonel

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