domingo, 25 de outubro de 2009

WILLIAN BONNER

ELE É TUDO DE BOM

Willian Bonner foi entrevistado por Marília Gabriela no GNT.
Ele se revelou um twiteiro. Também falou da necessidade de “brincar no twiter, como um escape”.
Ele se declarou um homem normal, que fala putz de vez em quando e faz brigadeiro (receita portuguesa do pai da mãe dele). Falou que a falta de obrigatoriedade do diploma de jornalista não deve assustar o profissional, pois a tendência é que as empresas prefiram os jornalistas diplomados. Disse também que todo jornalista deveria dominar a Língua Portuguesa e História, sendo ingredientes fundamentais para a área.
Dono de uma voz maviosa, ele foi desafiado a cantar... Cantou New York... duas linhas apenas!
No final, ele declamou um poema de Carlos Drumond de Andrade.

Quero

Quero que todos os dias do ano todos os dias da vida de meia em meia hora de 5 em 5 minutos me digas: Eu te amo.
Ouvindo-te dizer: Eu te amo,creio, no momento, que sou amado. No momento anterior e no seguinte, como sabê-lo?
Quero que me repitas até a exaustão que me amas que me amas que me amas. Do contrário evapora-se a amação pois ao não dizer: Eu te amo, desmentes, apagas teu amor por mim.

Exijo de ti o perene comunicado. Não exijo senão isto, isto sempre, isto cada vez mais. Quero ser amado por e em tua palavra nem sei de outra maneira a não ser estade reconhecer o dom amoroso, a perfeita maneira de saber-se amado: amor na raiz da palavra e na sua emissão, amor saltando da língua nacional, amor feito som vibração espacial.

No momento em que não me dizes:Eu te amo, inexoravelmente sei que deixaste de amar-me, que nunca me amastes antes.

Se não me disseres urgente repetido Eu te amoamoamoamoamo,verdade fulminante que acabas de desentranhar, eu me precipito no caos, essa coleção de objetos de não-amor.
Carlos Drummond de Andrade

Nenhum comentário:

Postar um comentário