Quem diria, eu chegar aos 80 anos? Exatamente 40 anos a mais do que eu, o dobro de vida do que já vivi! Sim, minha mãe está fazendo 80 anos. Fico pensando: como vou estar com 80? Encurvada e lenta, ou rápida e ereta? Forte e lúcida ou frágil e esquecida?
Seja como for, 80 anos é um número muito especial. É o dobro de 40. É tudo o que eu ainda tenho para viver e talvez mais!
E o melhor, é prova do amor de Deus por minha mãe, que muito sofreu na roça, que perdeu os irmãos cedo e e que teve que ir a luta sempre contando consigo mesma e com a ajuda de Deus. Perdeu a mãe com oito anos de idade - uma menina!!! Uma flor que sofreu com a perda da mãe e os caprichos da madrasta. Num mundo dominado pelo braço machista, ela conseguiu se criar, trabalhar e formar uma família. Forte e corajosa, sempre trabalhou muito. Tinha verve de comerciante, vendedora, negociante. Foi empregada doméstica e vendia de tudo! Ótima doceira. Fazia pães e doces fora do comum! Agora, não trabalha mais e nem cozinha. Adora flores e plantas. Tinha mão pra cozinhar e cultivar todo tipo de plantação - qualquer fruto da terra. Sua mão era mágica! Alemã bravia e carinhosa, ao mesmo tempo, honestíssima e íntegra, criou a mim e minha irmã com rédeas curtas. Era o braço de ferro de casa. Trabalhava por dez e muito ajudou meu pai. Era a típica mulher de Provérbios, que cuidava da casa, de negócios e da família! E com ela não tinha choro nem vela, nem fita amarela! Era ou não era!
Seus 80 anos são pra mim uma lição de vida, onde me reconheço, me estranho, mas sempre me acho: no colo insubstituível e no abraço quente e infalível de minha mãe!
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ResponderExcluirSerá um imenso prazer contar com sua visita.
Obrigado.